O chute de alimentação ou bica de
descarga é um dispositivo cujo sua aplicação é destinada a receber o material
transportado e distribui-lo uniformemente encima da superfície da correia
transportadora de modo que não haja o transbordamento de carga.
O chute de alimentação, sempre
que o projeto permita, deve receber o material transportado na mesma direção de
movimentação da correia transportadora e as velocidades desta e do fluxo da
carga devem ser coincidentes. Essa é uma das formas que podemos mencionar como
ideal de alimentação, pois o material terá
uma rápida acomodação e a correia transportadora será menos sacrificada.
Quando a alimentação for
transversal ou oblíqua em relação á movimentação da correia transportadora a
condição de alimentação se torna crítica submetendo o chute, correia
transportadora, guias laterais, etc..., a severos impactos e abrasão. O fluxo
do material tende a girar ao bater nas paredes do chute e atingir a correia
transportadora em direção diferente, criando uma ação de frenagem e realizando turbulência
na estrutura metálica do transportador de correia transportadora.
Percebe-se que, neste tipo de
alimentação, o chute é o maior problema e deve ser muito considerado nos
projetos a fim de amenizar o desgaste acentuado, seja da correia ou das partes mecânicas.
A centralização do material na correia
transportadora é feita através das guias laterais, em sequencia ao chute na
vertical ou inclinada e abrindo-se gradativamente ou não no sentido
longitudinal da movimentação da correia.
O comprimento das guias laterais
é a função da velocidade de alimentação da correia transportadora, do plano de operação
e da própria correia transportadora. Para os transportadores horizontais os
guias são equivalentes a 1,5 segundos de distancia percorridos pela correia
transportadora, já nos transportadores inclinados, as guias laterais da correia
transportadora deverão ser mais longo devido a difícil acomodação e
centralização de carga do material a ser transportado.
Caso a velocidade do fluxo do
material seja inferior a velocidade da correia transportadora, isto poderá
provocar turbulência na acomodação do material exigindo guias laterais mais
longas, além de provocar um desgaste prematuro na superfície da correia
transportadora.
As guias, construídas geralmente
com chapas metálicas, devem manter uma folga ao longo da correia contanto que
não seja inferior a 25 mm para que o material transportado não fique preso
entre as guias da correia transportadora.
Quando o material transportado
for de livre vasão, como grãos ou finos, as guias laterais deverão ser providas
de tiras protetoras de borracha.
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